quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

5 Dicas para sua Viagem

Para realizar esta viagem, como já disse em posts anteriores, foi preciso realizar um planejamento e  nos estruturar, pois sabíamos que não seria uma viagem fácil. Para aqueles que desejam seguir nossos passos e realizar um planejamento para uma boa viagem, vou deixar 5 tópicos com algumas dicas:

  1. RELACIONAMENTO: Um dos maiores obstáculos que temos que enfrentar, ao realizarmos uma viagem de moto desta envergadura, é o relacionamento com o seu(s) companheiro(s) de viagem. Não são raros os desentendimentos entre parentes, amigos e colegas que viajam juntos. Depois de alguns milhares de quilômetros rodando, o relacionamento as vezes esfria ou se deteriora, causando desentendimentos e brigas. Muitos desistem e chegam a  perder a amizade com o seu(s) companheiro(s). Portanto, é fundamental que todos tenham isso em mente, antes de saírem juntos. É preciso levar em conta que você está de férias e que é preciso relevar muitas coisas. Temos que deixar de lado o "eu" e pensar sempre no "nós". Somente desta forma e que o objetivo será alcançado. Como segunda opção, para não se preocupar com esse problema, o melhor é ir sozinho.
  2. JUNTOS VENCEREMOS: Nunca se esqueça que você também se torna responsável por tudo que acontecerá com seu companheiro, tanto no lado pessoal, físico  material, etc. Tudo. E vice e versa. Não basta você ter feito um bom planejamento se o seu companheiro não o fizer. Todos do grupo precisam estar bem "afinados". Veja este exemplo: poderemos ficar sem gasolina, então vou levar uma reserva de 5 litros. Seu negligente companheiro, não leva a reserva de gasolina e aparece o problema da falta do produto - conclusão: você terá que dividir o seu combustível com ele. Você terá apenas 2,5 litros para você usar! Os dois podem ter a pane seca.
    Outro exemplo: você sai com pneu novo, seu companheiro não. O pneu dele (que era um "meia vida") se acaba no meio da viagem, e ai? Ele vai ter de comprar um novo. Onde vocês vão encontrar aquele modelo, com aquela medida? Por conta disso, os dois terão que passar pelo problema. A viagem pode acabar para ele e para você também.
    É importante que o grupo planeje junto e realize junto. O problema meu é também problema seu. Juntos chegaremos (ou não) no mesmo lugar!
  3. LADO FINANCEIRO DA VIAGEM: É importante fazer um orçamento. Use esta fórmula: Quanto gastar por dia x tempo de viagem = total de dinheiro que vou ter que dispor. Qual o valor correto que vou gastar por dia? Vai depender do seu nível de exigência para comer, beber e dormir, além do consumo da sua moto. Difícil? Nem tanto. Basta saber quanto custa cada um destes elementos. No nosso caso, utilizamos uma base de US$ 100,00/dia. Uns dias gastamos um pouco mais outros um pouco menos, o que deu uma base neste valor. É preciso contar também com os imprevistos, tais como gastos com quebras mecânicas, gastos com mais tempo de viagem, visitas a lugares não planejados, etc.
    Detalhes importantes: 1) Nunca conte com a possibilidade de usar o cartão de crédito durante a viagem. Ele pode falhar, pode ser clonado e pode simplesmente não ser aceito. Além disso ele tem que ser internacional e você deve avisar a operadora que vai viajar e utilizá-lo naquele período. 2) Baseado na fórmula acima citada, faça a troca para o dinheiro local, no mínimo para o tempo que vai ficar em cada país. Exemplo: 5 dias x US$ 100,00/ dia = US$ 500,00. Se sobrar, você pode reverter o câmbio. 3) Alguns países, como o Peru, não aceita notas antigas de dólar. Leve dinheiro "novo".
    A parte financeira da viagem também segue o princípio do ítem 2. O dinheiro do seu companheiro pode acabar antes da hora e você se tornar o seu banqueiro. Então, o melhor é levar montantes iguais ou bem parecidos.
  4. ESCOLHA DA MOTO CERTA: A moto certa  é aquela que vai levar e trazer você de volta. Este é o pensamento correto desde que você viaje sozinho, caso contrário esta é uma afirmação infeliz. Procure utilizar o modelo adequado para cada fim. Se pretende andar em estradas de terra, não use uma custom. Isso quase que nem precisava ser dito, todo motociclista sabe disso. O mais importante é que todos do grupo utilizem motos do mesmo estilo, potência ou características mais iguais possíveis. Além disso é preciso pensar no consumo,  que tenham uma boa autonomia e/ou consumo parecidos.
    Veja esse exemplo: de Puerto Natales a Punta Arenas (Chile), são aproximadamente 250 km e não existe posto de gasolina para abastecimento neste trecho. Sua moto deverá ter autonomia suficiente para chegar com alguma sobra no tanque, pois se você encontrar vento contra, o seu consumo normal poderá aumentar de 20% a 30%. É só um exemplo, pois existem outros trechos cuja distância  entre pontos de abastecimento é ainda maior. Além disso você deve contar também com a possibilidade de chegar a este ponto e não encontrar o precioso líquido por conta de uma greve, ou coisa parecida.
  5. ESCOLHA DOS ACESSÓRIOS: Lembrem-se que sua moto e todos seus acessórios, além das suas roupas ou trajes para pilotar deverão lhe trazer conforto e muita segurança. Usar a jaqueta folgada do seu irmão mais velho ou a bota apertada emprestada do seu melhor amigo, nem pensar! Passar frio por falta de roupa adequada vai lhe causar estresse e impedir que pilote com segurança. O mesmo pode ocorrer se estiver chovendo e você não tiver uma capa de chuva apropriada. Seja o que  for a te atrapalhar ou causar incômodo, deverá ser revisto e eliminado.
Existem muitas outras coisas a serem anotadas e lembradas aqui, porém se você observar essas 5 dicas básicas, com certeza elas irão ajudá-lo a realizar o seu sonho com mais prazer, segurança, conforto e alegria.

Espero poder ter sido útil a todos aqueles que tiveram a paciência de chegar ao fim deste blog. Que a minha experiência e de meu filho durante esta viagem, venha trazer a todos a oportunidade de realizar o seu sonho de viajar, pois viajar é preciso. É preciso ampliar nossos conhecimentos e nossas fronteiras.
Viajar é adquirir cultura.

E vamos de moto! Boa viagem a todos.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Agradecimentos

Nada nessa viagem teria sido possível, se eu não tivesse sentido a presença de Deus sempre ao meu lado. Além Dele, tenho a certeza que o espírito do meu amado pai, esteve sempre nos vigiando e nos mostrando o melhor caminho e a melhor direção a seguir, nos orientando e nos dando segurança a todo tempo. Agradeço a Eles e também ao meu melhor companheiro de viagem: meu querido filho Henrique, que me tolerou em todos os momentos difíceis e me apoiou em todas as decisões que tive de tomar. Meu grande parceiro e companheiro de viagem. Um filho que todo pai gostaria de ter. Apesar dos 25 anos de diferença de idade, conseguimos manter um ótimo relacionamento, longe de ter um "choque de gerações" mas sim uma grande "comunhão de gerações".
Agradeço muito também à minha esposa Olga, que me apoiou durante todos os preparativos e durante toda a viagem. Foi a pessoa que como sempre, protagonizou os meus sonhos, o meu pilar de apoio, o meu porto seguro. Me permitiu ousar a realizar um sonho.

Quero agradecer também a todos aqueles que nos acompanharam durante estes 26 dias de viagem. A todos aqueles que mesmo virtualmente, estiveram ao nosso lado "sentindo" um pouco os prazeres por nós vistos e as dificuldades por nós vividas.

Muito Obrigado.




















IMAGENS QUE FICARÃO PARA SEMPRE EM NOSSAS VIDAS.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Chegamos em Casa !!!

Em Londrina, ficamos no hotel Gali, que fica dentro da cidade, às margens da rodovia. De fácil acesso para chegar e sair, é um local simples, onde sempre se hospedam viajantes comerciais e tem um bom e sortido café da manhã (este é para compensar do hotel anterior).

Como o Henrique ainda não havia comprado o presente de natal para a minha nora, fomos até o shopping center da cidade (e que shopping...) e lá ele conseguiu fazer a compra, graças ao Denis, amigo dele que nos levou de carro. Ele foi passar o natal na casa dos pais que mora na cidade.

De Londrina até Arujá,só faltavam uns 500 e poucos quilômetros, que tiramos "de letra". Foi mais uma viagem normal, sem problemas de trânsito - como esperávamos. O único inimigo deste trecho foi o forte calor. Para contrastar com o frio da Patagônia, por todos os lugares que passamos, depois da cidade de Bahia Blanca, a temperatura esteve sempre alta, creio que acima de 30 graus, com certeza.

O Henrique ficou em São Paulo, onde mora, e eu segui direto para Arujá. Eram 13:50 horas da tarde do dia 24 de dezembro de 2012 - véspera de Natal. A apenas algumas horas de nos encontrarmos novamente para a ceia do Natal, juntamente com toda nossa família.

Sonho realizado. Objetivo alcançado: chegar ao Fim do Mundo!




Distância percorrida hoje: 565 km.
Distância total da viagem: 13.610 km.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Chegamos no Brasil

O hotel em Santa Ana, foi legal. Além de ventilador de teto, tinha também ar condicionado. Mas em compensação não tinha um bom café da manhã. Aliás, nem podíamos chamar aquilo de café da manhã, pois era apenas uma garrafa de água quente para fazer um café "solúvel" com "leite em pó em sachê" e meia dúzia de biscoitos. Bem, fazer o quê ? O jeito era continuar na estrada. Estávamos com muita saudades de casa, e Foz do Iguaçu, é nosso território.
Aquele ar condicionado com ventilador de teto, deixou o Henrique meio resfriado, com o nariz entupido. Numa parada para desentupir o nariz, encontramos num posto de pedágio, o Celso de São Manuel/SP : ele, esposa e filho estavam indo a San Pedro de Atacama. O detalhe deste encontro casual, ficou por conta do esquecimento por parte do filho dele, do passaporte. Eles foram fiscalizados há 50 km de distância dali e ele não percebeu que seu passaporte não foi devolvido! Ele teve que rodar 100 km para recuperar o documento; mas ainda bem que eles estavam perto...pior se estivessem chegando no Paso de Jama, né?

Serve de alerta para todos aqueles que estão viajando e são fiscalizados, para prestarem bastante atenção em sua documentação que entregam aos policiais e funcionários de aduana. Mantenham somente aquilo que é necessário para fiscalização: passaporte, documento da moto e carta verde - somente isso. Se pedirem a CNH (é raro) deixe-a de prontidão. Mantenham estes documentos juntos, em uma embalagem plástica para não molhar e em fácil localização na mala (no top case de preferência).

Chegamos em Puerto Iguazu, na aduana Argentina, onde obteríamos o último carimbo no passaporte.
Passamos por 10 (dez) aduanas Argentinas e 8 (oito) aduanas Chilenas, ente a ida e a volta.

No Duty Free da Argentina, demos uma paradinha para comprar um presente de natal para a Olga, minha esposa. Almoçamos um lanche numa lanchonete de um posto de gasolina, já na saída da cidade e....mais estrada, até Londrina.



Distância percorrida hoje: 760 km.
Distância acumulada: 13.045 km.


sábado, 22 de dezembro de 2012

Santa Ana (Posadas)

Pela primeira vez encontramos um hotel, daqueles relacionados no GPS, que tenha dado certo na primeira tentativa. Este foi em Zárate. Hotel com garagem que nos atendeu muito bem, com WiFi e ar condicionado, com uma boa sorveteria e restaurantes próximos. 
Logo na saída da cidade de Zárate, existem duas grandes pontes sobre o rio Uruguai; muito bacanas por sinal, mas infelizmente não deu para fotografar. Ao final da segunda, existe a divisa das províncias de Buenos Aires e Entre Rios, e uma fiscalização grande por parte da polícia caminera, tanto é que pararam seis veículos de uma só vez (nós estávamos entre os seis, é claro). Mas como sempre, deu tudo certo e seguimos nosso rumo.
Praticamente até chegarmos em Paso de Los Libres, a rodovia é quase toda duplicada (doble calzada - como eles dizem). Não é preciso andar muito fora da lei (120 km/h), pois assim nesta velocidade, dá para render bastante.
Para variar um pouco, não tem nada para se ver ou contemplar neste caminho. É só estrada mesmo!
Passamos por Santo Tomé, onde tem a aduana por onde nós entramos na Argentina, e deu uma "coceira" para entrar no Brasil por ali, mas não fugimos do objetivo que era sair por Puerto Iguazu/ Foz do Iguaçu.
Chegamos em Posadas no final do dia de sábado, onde encontramos muito movimento de veículos, inclusive nos postos de gasolina. Mas cometemos um erro, pois não deveríamos ter entrado na cidade. Eu não prestei muita atenção ao GPS. Depois que entramos, ele nos indicava um caminho "estranho", até chegarmos numa enorme fila de carros e muita gente ao redor. Paramos para perguntar o que era aquela fila e fomos informados que era a entrada da aduana para o Paraguai!!! Do outro lado do rio, estava a cidade de Encarnación, e havia uma ponte para se atravessar.
É claro que demos meia volta e voltamos para a ruta 12 com o objetivo de Puerto Iguazu.
Depois de alguns quilômetros, encontramos a cidade religiosa de Santa Ana (meio que Aparecida, em São Paulo), e encontramos um bom hotel à beira da rodovia. E ali ficamos por esta noite.



Distância percorrida hoje: 934 km.
Distância acumulada: 12.285 km.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Zarate

Nosso objetivo hoje era cumprir a mesma quilometragem de ontem, mas não deu.
Primeiro problema é que demos uma errada em Bahia Blanca. Pegamos uma estrada secundária e nos demos mal. Entramos da ruta 3 um pouco mais adiante. Com isso, nós perdemos muito tempo, porque paramos várias vezes para ler mapas e nos informar com guardas.
Depois, havia muito trânsito no sentido contrário, o que dificultou bastante nossas ultrapassagens. O pior é que os motoristas que vinham no sentido contrário, arriscavam muito. Por duas ou três vezes, tive que reduzir a marcha em demasiado, chegando a quase parar, para para que o f.d.p. voltasse para sua faixa; caso contrário bateríamos de frente.
Para não passar em Buenos Aires, na ruta 3 chegamos em Cañuelas e cortamos para Zarate pela ruta 6. Este trecho foi uma má escolha, pois haviam buracos enormes, além de muitos desvios. Como já era fim de tarde e começava a ficar escuro, a viagem passou a ficar perigosa. Foram 120 km desagradáveis. Já próximo de Campana,  estava bastante escuro - não dava para enxergar direito, quase atropelei um animal (não sei que bicho era - parecia um veado).
Optamos em sair da Argentina por  Puerto Iguazu e Foz do Iguaçu para entrar no Brasil. Embora seja um pouco mais longe, achamos melhor do que  entrar por São Borja, no RS. Por esse caminho, iríamos repetir o mesmo da ida e também estamos querendo fugir do movimento das praias catarinenses e a rodovia Regis Bitencourt que é muito ruim.
Por hoje é só.



Distância percorrida hoje: 860 km.
Distância acumulada: 11.351 km.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

1.003 Quilômetros Hoje!

Hoje foi o primeiro dia que não  pegamos chuva na estrada. Conseguimos rodar bastante, foram exatos 1.003 km. Saimos de Comodoro Rivadávia às 8:15 hs da manhã e paramos para dormir às 19:30 hs em Pedro Luro, distante 120 km de Bahia Blanca.

Minha moto está novamente com barulho na relação. Acho que a corrente está com problemas. Mas se Deus permitir, ela vai nos levar até em casa. Com a proximidade das festas natalinas, e o final de semana, acho que as oficinas vão estar fechadas, por isso o que eu mais peço é que dê tudo certo para chegar em casa sãos e salvos: nós e as motos!



Distância percorrida hoje: 1.003 km.
Distância acumulada: 10.481 km.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mais um dia difícil...

Nossa volta está sendo marcada por dias difíceis. Hoje, saímos de Rio Gallegos, novamente com frio e muita chuva e vento. Foi assim até a cidade de Piedra Buena. A partir daí, a chuva parou, mas o vento aumentou. Andamos por muito tempo "de lado". Com o vento soprando de oeste para leste, em direção ao mar. Nestas condições é fácil fazer ultrapassagens, mas é muito ruim cruzar com veículos grandes. O golpe de ar que a gente recebe, quando vem no sentido contrário, um ônibus ou uma carreta, é muito forte. Desequilibra totalmente a moto e ela é arremessada em direção à pista contrária. Um perigo: uma caixa de surpresas! Houve uma hora, em que cruzamos com 6 carretas ao mesmo tempo, uma seguida da outra. Caixão e Vela Preta...
Finalizamos o dia muito cansados na cidade de Comodoro Rivadávia. 
Depois de muito rodar pela cidade, que por sinal é muito cara, achamos um hotel legal, à beira mar ao preço de $ 430 pesos. Uma bagatela, comparado ao que vimos no centro. Encontrei um a $ 380, sem estacionamento, que mais parecia uma "pensão". Imaginem.



Distância percorrida hoje: 820 km.
Distância acumulada: 9.478 km.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Regresso

Começamos a voltar para casa hoje. Nossas motos não estavam com o tanque cheio. Ontem houve uma greve dos lixeiros e grande parte dos caminhoneiros foram solidários a eles, e assim a cidade parou. Com isso provocaram uma paralisação do abastecimento nos postos de combustíveis e ninguém conseguiu gasolina. Hoje os postos abriram, mas tivemos que enfrentar uma fila enorme para encher o tanque. Isso resultou um grande atraso em nossa saída, que foi somente depois das 8:30 hs.
Saímos com sol entre nuvens, mas foi só entrar na estrada que a chuva começou e não parou mais. Foi até então o pior dia de viagem. Frio, frio e mais frio: 3 a 4 graus. Muito vento lateral e chuva o dia inteiro. Imaginem andar no rípio nestas condições? Para piorar, pegamos uma estrada diferente que era pouco utilizada, para chegar em Cerro Sombrero. Havia trechos com pedras muito soltas, barro, muitas subidas e descidas. Foi uma economia de 8 km, mas acho que não valeu a pena. Não passou ninguém neste trecho, causando um pouco de medo, caso sofrêssemos algum tipo de pane ou uma queda.
Chegamos no canal. Havia uma fila de 1 km, incluindo caminhões, ônibus e automóveis. As motos por serem de tamanho reduzido, não precisam ficar no fim da fila, por isso fomos diretamente ao ponto de embarque, o qual não passou de 15 minutos. O mar estava um pouco agitado e por este motivo é que estava sendo feito o primeiro embarque desde a última hora, por isso a grande fila de veículos.
Conseguimos chegar a Rio Gallegos para dormir. Foi um dia difícil. Durante todo o dia com temperaturas baixas, muita chuva e vento. Esperávamos andar mais que realmente andamos.



Distância percorrida hoje: 540 km.
Distância acumulada: 8.658 km.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Férias em Ushuaia

Dia 14 de dezembro. 
Alugamos um automóvel para nossa locomoção na cidade e para fazer os passeios, que na verdade são um pouco longe uns dos outros. Nossas esposas estão chegando hoje ao final da tarde e não custa muito dar um pouco de conforto a elas (e a nós também).
Como primeira atividade de recém chegadas na cidade, fomos diretamente ao porto, tirar fotos ao lado da famosa placa.


Dia 15 de dezembro.
Passeio ao glaciar Martial.
A cidade de Ushuaia fica localizada entre o mar e as montanhas. Esse glaciar fica muito próximo do centro da cidade, a apenas 15 minutos de carro. Na verdade nós não chegamos até ele, devido à dificuldade da escalada. Mas valeu chegar perto, pois andamos em "telesillas" e caminhamos nas montanhas ao lado de muito gelo.





Passeio de barco no Canal de Beagle
Com o aluguel do auto, ganhamos um mapa e alguns tickets com descontos em várias atividades e restaurantes. Com isso utilizamos para o passeio de barco para ver os lobos marinhos.


Dia 16 de dezembro 
Passeio no "Trem do Fim do Mundo"
Nesta viagem cultural, se faz lembrar um pouco da história da cidade, quando eram mandados para cá, os prisioneiros. Eles foram os protagonistas da construção da estrada de ferro e de grande parte da cidade. 
Na boutique da estação é possível alugar roupas de prisioneiro para se fazer a viagem "a carater".





Passeio no Parque Nacional da Terra do Fogo
Neste parque, encontra-se a placa indicativa e mítica do fim da RN-3 (Ruta Nacional 3). Além disso, o parque conta com muitos rios, lagos, bosques, áreas para camping, restaurante, etc. Para se passar um dia inteiro, no mínimo. Mas o clima estava nos castigando muito. A temperatura estava variando entre 5 e 6 graus (sem vento) com sensação térmica bem mais baixa quando o vento soprava. Além da foto "oficial" fomos conhecer uma castoreira e voltamos para o hotel.


Dia 17 de dezembro 
Passeio na Estância Harberton
Esta estância (fazenda) foi a primeira da região, fundada por Thomas Bridge. Tem sua história contada por guias especializados durante a visita, com ênfase ao relacionamento com os habitantes naturais da região, os Yámanas, os quais foram extintos devido às doenças trazidas pelos europeus.





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Finalmente Ushuaia

Hoje, dia 13 de dezembro, finalmente chegamos a Ushuaia. A cidade mais austral do mundo. Chegamos literalmente no fim do mundo. Daqui para mais ao sul, não há mais cidades. No máximo algum agrupamento pequeno de casas - só isso!
Depois de rodarmos 8.118 km estamos no lugar sonhado por muitos motociclistas e viajantes loucos por aventuras.
Poder realizar um sonho é algo fantástico, principalmente para mim que aos 57 anos de idade (há alguns dias de completar 58), cheguei aqui com saúde e sem nenhum problema. Depois de muitas horas sentado na moto, agora vamos passar alguns dias por aqui para descansar um pouco. Nosso retorno terá que ser  breve, pois temos apenas 6 dias para passar o Natal em casa com a família.





Distância percorrida hoje: 253 km.
Distância acumulada: 8.118 km.